A Gazeta do Povo e a auto publicação


O jornal A Gazeta do Povo, de Curitiba,  usou o exemplo da escritora Gisele Mirabai (foto) para publicar uma das das melhores matérias sobre auto publicação que eu já vi na imprensa brasileira. A repórter Rosana Felix me pediu um depoimento. Aqui, alguns trechos:

A autopublicação digital abriu as portas para Gisele e centenas de autores, que em poucos cliques conseguem o que antes poderia levar até anos para se concretizar. O escritor e roteirista Dagomir Marquezi, também de São Paulo, é um deles. Ele publicou alguns livros na década de 80, mas depois se afastou do mercado livreiro.

Tentou voltar ao circuito das editoras de papel em 2013. “Comecei a receber respostas como: ‘Olá, seu original entrou na nossa linha de seleção e deverá ser avaliado nos próximos 12 meses. Caso seja aprovado, existe uma janela de publicação para daqui três anos e meio. Mas não podemos garantir nada’”, relata. Foi então que descobriu a ferramenta da Amazon.

Marquezi conta que precisou aprender alguns princípios básicos de edição para o Kindle, mas que não teve dificuldade. Ele é um entusiasmado da ferramenta. “Peço a capa para amigos designers, mas se eles não puderem me ajudar, eu mesmo improviso uma. Ou seja: nada nem ninguém me separa do meu leitor. Eu escrevo, ele lê. Não somos separados por editores, distribuidores, livreiros, transportadores”, conta.

A possibilidade de editar a obra a qualquer momento também o agrada. O roteirista tem seis livros na Amazon, está para lançar mais um por esses dias e já planeja outro para os próximos meses. “Não vou parar mais”. Ele tem obras em inglês, que vende em outros países pela Amazon. Além da facilidade em lançar o livro, os autores se mostram muito satisfeitos com o retorno financeiro obtido. O próprio autor, ao subir a obra, define quanto ela vai custar, e terá direito a receber 70% do preço da capa na Amazon. “Enquanto editoras de papel oferecem ao autor relatórios anuais de venda, eu sei que um livro digital meu vendeu no momento em que isso acontece, em qualquer parte do mundo. Recebo meus pagamentos ao fim de cada mês, direto na minha conta bancária. Mais simples e honesto que isso, impossível”, afirma Marquezi.


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